Segundo pesquisa realizada por economista da Doctum, jovens são os que menos se preocupam com qualificação. A prioridade é arrumar um emprego.

Segundo levantamento realizado pela Rede Doctum, busca por aperfeiçoamento é maior entre quem tem mais de 35 anos. Quanto maior a faixa etária, maior a preocupação em se aperfeiçoar profissionalmente.

O estudo, realizado pelo economista Paulo Cezar Ribeiro, pesquisador da Doctum, teve como finalidade medir o grau de prioridades pessoais para o ano de 2019 e revelou que 31,6% das pessoas acima de 35 anos têm o aperfeiçoamento profissional como prioridade. Na faixa etária, entre 26 e 35 anos, esse percentual foi de 22%. Já na faixa de 18 a 25 anos, apenas 19,5% vêem a qualificação como prioridade.

Ao mesmo tempo, a faixa mais jovem é a que mais prioriza encontrar um novo emprego. “Mas, sem qualificação, o emprego que o trabalhador vai conseguir é o que paga um salário mais baixo. Às vezes a condição da família é tão precária que conseguir um emprego vem primeiro que a qualificação, pela qual, muitas vezes, é preciso pagar”; apontou Paulo Cezar. A amostra foi de 400 pessoas entrevistadas e moradoras dos municípios que compõe a Grande Vitória (Vila Velha, Cariacica, Viana, Serra e Vitória). O professor Paulo Cezar ressalta que os jovens precisam se aprimorar para alcançar uma renda mais alta. “Conseguir um emprego está difícil. Então, para mantê-lo, há uma necessidade de estar sempre se atualizando e acompanhando as novas tecnologias. E geralmente são as pessoas mais maduras que buscam se manter relevantes”.

Enquanto o aperfeiçoamento profissional é tido como a prioridade geral dos moradores da Grande Vitória para 2019, a segunda maior meta é a quitação de dívidas, que supera até mesmo o desejo de conseguir um novo emprego. Muitas vezes o rendimento das famílias sequer acompanha o aumento do preço de itens como alimentação e remédios. Mas, o dado mostra que qualquer valor que sobra – quando sobra – é destinado à quitação de dívidas. Neste cenário, poupar recursos é prioridade de apenas 0,8% dos entrevistados.

“A pesquisa através de entrevistas com diversas pessoas nos dá a oportunidade de treinar nossa habilidade de comunicação e lidar com desafios, pois os prazos para a coleta de dados precisam ser cumpridos com rigor para que a análise seja realizada com eficácia”, destacou Ysis Lima, aluna de Administração que participou na coleta de dados para a pesquisa.